[59] Essencial ou fundamental ?
O filósofo Mário Sérgio Cortella sobre o qual já citei em textos anteriores, gosta de recorrentemente fazer uma distinção entre o que é essencial e o que é fundamental em nossas vidas.
Segundo ele essencial é aquilo que não pode não ser, como a humanidade, a fraternidade, a sexualidade, a religiosidade, a amizade, a lealdade e a solidariedade. O essencial da vida é a felicidade. E a felicidade se compõe de fraternidade e humanidade.
O fundamental seria aquilo que ajuda a chegar ao essencial. Ele cita como exemplo de atividade fundamental o trabalho, pois este ajuda a se alcançar o essencial, não seria por si só essencial. Outro exemplo seria o dinheiro, dinheiro é fundamental, sem ele enfrentamos problemas na nossa sociedade atual, ele é uma moeda de troca, troca, em geral, de nosso esforço em algum campo por algo que necessitamos ou, até, que desejamos, mas ele não é essencial.
Dessa forma o fundamental seria o meio, o essencial o fim. O fundamental poderia ser comparado a uma escada para se alcançar o essencial. Estaria errada uma existência não direcionada ao essencial. A pessoa que sobe em uma escada e fica parada sobre ela, com foco na escada, estaria fadada a uma vida infeliz.
Não sei se pode-se fazer uma lista do que é essencial de caráter universal. Mas analisando a mitologia, a nossa história, biografias de humanos ilustres, sabedorias de pessoas às vésperas da morte, considerando-se a filosofia, a psicologia... parece mesmo irrefutável que essencial é ter boas relações familiares, é conquistar e reter belas amizades, é ser ético, ou seja, viver seguindo princípios e valores que permitam a vida coletiva de forma fraterna. Essencial é focar no que é importante, não no que é urgente. Para isso talvez seja preciso desacelerar um pouco, não deixar a tacocracia nos levar (ditadura da velocidade, do fast-tudo), é preciso parar e refletir.
Para mim, particularmente, não sei se são essenciais, mas certamente engrandecem minha vida, poder viajar, a leitura de bons livros, atividades culturais (cinema, teatro, exposições), a prática de um esporte coletivo (futebol), uma boa conversa, estar mais próximo da natureza selvagem (pescar).
Tudo isso engrandece a nossa vida, torna mais rica nossa existência. Cortella também gosta de citar a frase de Benjamin Disraeli: "A vida é muito curta para ser pequena".
O filósofo Mário Sérgio Cortella sobre o qual já citei em textos anteriores, gosta de recorrentemente fazer uma distinção entre o que é essencial e o que é fundamental em nossas vidas.
Segundo ele essencial é aquilo que não pode não ser, como a humanidade, a fraternidade, a sexualidade, a religiosidade, a amizade, a lealdade e a solidariedade. O essencial da vida é a felicidade. E a felicidade se compõe de fraternidade e humanidade.
O fundamental seria aquilo que ajuda a chegar ao essencial. Ele cita como exemplo de atividade fundamental o trabalho, pois este ajuda a se alcançar o essencial, não seria por si só essencial. Outro exemplo seria o dinheiro, dinheiro é fundamental, sem ele enfrentamos problemas na nossa sociedade atual, ele é uma moeda de troca, troca, em geral, de nosso esforço em algum campo por algo que necessitamos ou, até, que desejamos, mas ele não é essencial.
Dessa forma o fundamental seria o meio, o essencial o fim. O fundamental poderia ser comparado a uma escada para se alcançar o essencial. Estaria errada uma existência não direcionada ao essencial. A pessoa que sobe em uma escada e fica parada sobre ela, com foco na escada, estaria fadada a uma vida infeliz.
Não sei se pode-se fazer uma lista do que é essencial de caráter universal. Mas analisando a mitologia, a nossa história, biografias de humanos ilustres, sabedorias de pessoas às vésperas da morte, considerando-se a filosofia, a psicologia... parece mesmo irrefutável que essencial é ter boas relações familiares, é conquistar e reter belas amizades, é ser ético, ou seja, viver seguindo princípios e valores que permitam a vida coletiva de forma fraterna. Essencial é focar no que é importante, não no que é urgente. Para isso talvez seja preciso desacelerar um pouco, não deixar a tacocracia nos levar (ditadura da velocidade, do fast-tudo), é preciso parar e refletir.
Para mim, particularmente, não sei se são essenciais, mas certamente engrandecem minha vida, poder viajar, a leitura de bons livros, atividades culturais (cinema, teatro, exposições), a prática de um esporte coletivo (futebol), uma boa conversa, estar mais próximo da natureza selvagem (pescar).
Tudo isso engrandece a nossa vida, torna mais rica nossa existência. Cortella também gosta de citar a frase de Benjamin Disraeli: "A vida é muito curta para ser pequena".