sexta-feira, 30 de maio de 2008

[42] A internet me deixou burro demais!
Há quem defenda que os videogames, os computadores, a internet, enfim, as novas tecnologias, contribuam para o desenvolvimento do ser humano. Eu particularmente, não acredito muito que uma criança que passa uma manhã presa em um apartamento jogando videogame esteja se desenvolvendo mais que uma outra que está brincando com seus amigos na rua em frente sua casa, seja soltando uma pipa, jogando futebol ou brincando de pique-esconde. Talvez uma mescla dos dois perfis fosse o ideal, mas certamente uma maneira de brincar não substitui a outra, pois, creio, elas possibilitam o desenvolvimento de habilidades diferentes.
O escritor estadunidense Mark Bauerlein escreveu o livro "The Dumbest Generation", “A geração mais estúpida”, que também tem o seguinte sub-título: "Como a era digital embasbaca os jovens americanos e põe em risco nosso futuro. Ou, nunca confie em ninguém com menos de 30".
No livro o autor defende que essas novas tecnologias são responsáveis pela geração de jovens "superficiais", incapazes de lembrar (e de dar importância a) fatos históricos. "Eles praticamente não lêem. Com toda a informação disponível on-line, como nunca antes na história, eles preferem dedicar uma quantidade inacreditável de tempo a vasculhar vidas alheias e a expor as suas próprias em redes de relacionamento como o Facebook e o MySpace (ou Orkut)", diz.
O filósofo italiano Umberto Eco parece ter opinião semelhante, uma vez que em entrevista ao jornal espanhol "El País" afirmou que "a abundância de informações sobre o presente não permite refletir sobre o passado".
A polêmica está posta. Certamente não é difícil encontrar algum conhecido, parente ou não, utilizando a internet apenas para diversão, de maneira superficial, o que, acredito, também seja aceitável. Para mim o problema é a desproporção com relação a outras atividades mais “nobres”, como uma pesquisa para alargar o conhecimento sobre um assunto, ou, mesmo fora do computador, a leitura de um belo livro.

terça-feira, 20 de maio de 2008

[41] Dunga

O ex-jogador de futebol Dunga, atual capitão da seleção brasileira é uma figura emblemática. Na copa de 90 ficou marcado pelo estigma da "era Dunga" que simbolizava o mal futebol e o fracasso brasileiro naquele torneio. Na copa de 94 ele deu a volta por cima, capitão, liderou o Brasil rumo ao tetra com um time pífio, que talvez só tivesse como destaque o craque Romário. Ele chegou até a bater um pênalti e marcar o gol na final contra a Itália, foi a redenção.

Pois bem, em uma palestra dada em evento do Instituto Bola pra Frente, que é dirigido pelos ex-jogadores Bebeto e Jorginho e que tem a missão de promover o resgate de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos em situação de risco social, ele disse pelo menos duas histórinhas que achei interessante reproduzir. São parábolas simples, porém instrutivas.

FILOSOFIA
"Tem aquele provérbio chinês, dos dois machados para cortar uma árvore. Apressado, o primeiro homem começa logo e passa uma hora até derrubar. O segundo leva meia hora para afiar o machado, mas consegue cortar mais rápido. Quando surge a oportunidade, tem que se estar preparado"

CACHORRO PITOCO
"Dignidade não tem preço. Procuro montar meu grupo em cima disso. Lá no Sul a gente conta a história do cachorro Pitoco, aquele que tem o rabo cortado. Quem não tem rabo, ninguém pega."

sábado, 17 de maio de 2008

[40] Trem da Vida

O texto abaixo é de autor desconhecido, porém é bastante interessante.

TREM DA VIDA

Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada.
Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.
Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco : nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível... mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem.
Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.
Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio. Outros encontrarão nessa viagem somente tristezas. Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o trajeto, atravessemos com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar.
Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas... porém, jamais, retornos. Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.
O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades ... acredito que sim. Me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido. Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram... e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
Amigos, façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.
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