segunda-feira, 30 de junho de 2008

[46] 150 anos de Teoria da Evolução

A Teoria da Evolução de Charles Darwin está completando 150 anos dia 1 de julho de 2008. A teoria, resultado posterior da viagem de Darwin por quase 5 anos por volta de 1836 ao redor do mundo, constata que as espécies evoluem a partir de mutações aleatórias (mudanças aleatórias no código genético, no DNA, na receita de nosso corpo) e da seleção natural (sobrevivem os melhor se adaptam ao meio em que vivem).

Mas o que o futuro reserva à espécie humana? Continuamos os mesmos de 50.000 anos atrás em termos de anatomia e funcionamento do corpo, mas aquele homem comia frutos, raízes e alguma carne de caça, e ficava atento para não ser devorado por algum dinossauro. Raramente ultrapassava os 40 anos de vida. O organismo humano estava adaptado ao ambiente e assim continuou por milênios.

Agora o ambiente mudou radicalmente e não houve tempo para que o homem se adaptasse. Somos sedentários e ingerimos mais calorias do que precisamos. Nossa expectativa de vida se alargou para cerca de 70 anos em média. Veio os entupimentos de artérias, hipertensão, diabetes, obesidade, câncer, doença de Parkinson e mal de Alzheimer. É bem possível que nos adaptaremos a taxas mais altas de gordura, sal e açúcar na comida e no sangue, mas isso pode durar milênios até que isso aconteça.

Mas as alterações no ambiente foram drásticas demais, não impactam só a vida humana, mas todo o funcionamento do planeta. Essas alterações costumam ter um preço que é a eliminação de espécies. Franklin Rumanjeck, da UFRJ diz: “Vivemos uma crença de que somos o ápice da evolução, o que é a maior mentira. Darwin mostrou que somos mais uma espécie, não necessariamente especial. Se olharmos a escala do tempo no planeta, os humanos acabaram de chegar. Talvez sejamos só mais uma das espécies que não deram certo.” Outros especialistas concordam que não podemos abusar dessas alterações, de outro modo estaremos determinando nossa própria extinção. Outro acontecimento possível seria o surgimento de uma nova espécie humana; a especiação seria um uma conseqüência previsível para populações que crescem demais, como somos 6 bilhões, isso pode ocorrer.

Para mim, essas observações não soam absurdas. Como poderíamos ser uma espécie considerada “que deu certo” tendo na história: a exploração e os subsídios dos países desenvolvidos em relação aos demais países, a escravidão negra, o holocausto de milhões de judeus, o modelo capitalista como o que mais se adaptou às nossas características individualistas, as incontáveis guerras, a intolerância religiosa, os sistemas de castas, a fome africana, entre tantos outros episódios que deveriam nos envergonhar?

domingo, 15 de junho de 2008

[45] Como me tornei um estúpido

"Como me tornei um estúpido" é um pequeno livro (nas dimensões mesmo, como os de bolso) de meras 158 páginas escrito pelo jovem francês Martin Page e que conta a história de Antoine, um jovem intelectual de 26 anos cansado do rótulo de inteligente.

Sem saber como deixar de pensar tanto, ler tanto, estudar tanto, refletir tanto, ele decide tentar algumas alternativas.

Primeiro ele tenta se tornar um alcóolatra. Vai até um bar às 8:00 da manhã e tenta tomar lições com um bêbado. A experiência se revela comicamente desastrosa.

A segunda tentativa seria simplesmente dar cabo de sua própria vida: o suicídio. Mais uma vez a tentativa é frustrada.

Então ele parte para a derradeira opção: se tornar um estúpido. Seu amigo médico se recusa a operar seu cérebro para deixá-lo menos inteligente, porém lhe receita um remédio: o Felizac. Depois disso Antoine contacta um velho amigo e decide trabalhar no mercado financeiro. Afastado de seus antigos amigos ele entra vorazmente no mundo do capitalismo que tanto criticava e passa a intensamente DESEJAR coisas.

Sei que muitos não gostarão do final, mas todo fim necessariamente tem que ser bom? Um final que não corresponda às expectativas invalida todo um livro com uma história original? Li e recomendo.
[44] Estômago
Vi ontem Estômago. Excelente roteiro, excelente música. É baseado no conto "Preso pelo estômago" que seria um título muito mais apropriado. O filme usa da temática da culinária para falar sobre talento, disputa pelo poder e ainda sobre nossa eterna busca por algo melhor, num tom ao mesmo tempo cômico e dramático, já que o protagonista (o excelente ator João Miguel) é um nordestino que vem tentar a vida no sudeste e se vê obrigado a cozinhar até sob condições mínimas como em uma cela de prisão (Preso pelo...). É traçado um paralelo entre a culinária e a arte. O filme começa lento mas progride de tal forma que conquista o expectador. Se nunca viu, alugue também Festa de Babete.

domingo, 1 de junho de 2008


[43] Sonho de um tenista aposentado com US$15 milhões na conta bancária.
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