[46] 150 anos de Teoria da Evolução
A Teoria da Evolução de Charles Darwin está completando 150 anos dia 1 de julho de 2008. A teoria, resultado posterior da viagem de Darwin por quase 5 anos por volta de 1836 ao redor do mundo, constata que as espécies evoluem a partir de mutações aleatórias (mudanças aleatórias no código genético, no DNA, na receita de nosso corpo) e da seleção natural (sobrevivem os melhor se adaptam ao meio em que vivem).
Mas o que o futuro reserva à espécie humana? Continuamos os mesmos de 50.000 anos atrás em termos de anatomia e funcionamento do corpo, mas aquele homem comia frutos, raízes e alguma carne de caça, e ficava atento para não ser devorado por algum dinossauro. Raramente ultrapassava os 40 anos de vida. O organismo humano estava adaptado ao ambiente e assim continuou por milênios.
Agora o ambiente mudou radicalmente e não houve tempo para que o homem se adaptasse. Somos sedentários e ingerimos mais calorias do que precisamos. Nossa expectativa de vida se alargou para cerca de 70 anos em média. Veio os entupimentos de artérias, hipertensão, diabetes, obesidade, câncer, doença de Parkinson e mal de Alzheimer. É bem possível que nos adaptaremos a taxas mais altas de gordura, sal e açúcar na comida e no sangue, mas isso pode durar milênios até que isso aconteça.
Mas as alterações no ambiente foram drásticas demais, não impactam só a vida humana, mas todo o funcionamento do planeta. Essas alterações costumam ter um preço que é a eliminação de espécies. Franklin Rumanjeck, da UFRJ diz: “Vivemos uma crença de que somos o ápice da evolução, o que é a maior mentira. Darwin mostrou que somos mais uma espécie, não necessariamente especial. Se olharmos a escala do tempo no planeta, os humanos acabaram de chegar. Talvez sejamos só mais uma das espécies que não deram certo.” Outros especialistas concordam que não podemos abusar dessas alterações, de outro modo estaremos determinando nossa própria extinção. Outro acontecimento possível seria o surgimento de uma nova espécie humana; a especiação seria um uma conseqüência previsível para populações que crescem demais, como somos 6 bilhões, isso pode ocorrer.
Para mim, essas observações não soam absurdas. Como poderíamos ser uma espécie considerada “que deu certo” tendo na história: a exploração e os subsídios dos países desenvolvidos em relação aos demais países, a escravidão negra, o holocausto de milhões de judeus, o modelo capitalista como o que mais se adaptou às nossas características individualistas, as incontáveis guerras, a intolerância religiosa, os sistemas de castas, a fome africana, entre tantos outros episódios que deveriam nos envergonhar?
A Teoria da Evolução de Charles Darwin está completando 150 anos dia 1 de julho de 2008. A teoria, resultado posterior da viagem de Darwin por quase 5 anos por volta de 1836 ao redor do mundo, constata que as espécies evoluem a partir de mutações aleatórias (mudanças aleatórias no código genético, no DNA, na receita de nosso corpo) e da seleção natural (sobrevivem os melhor se adaptam ao meio em que vivem).
Mas o que o futuro reserva à espécie humana? Continuamos os mesmos de 50.000 anos atrás em termos de anatomia e funcionamento do corpo, mas aquele homem comia frutos, raízes e alguma carne de caça, e ficava atento para não ser devorado por algum dinossauro. Raramente ultrapassava os 40 anos de vida. O organismo humano estava adaptado ao ambiente e assim continuou por milênios.
Agora o ambiente mudou radicalmente e não houve tempo para que o homem se adaptasse. Somos sedentários e ingerimos mais calorias do que precisamos. Nossa expectativa de vida se alargou para cerca de 70 anos em média. Veio os entupimentos de artérias, hipertensão, diabetes, obesidade, câncer, doença de Parkinson e mal de Alzheimer. É bem possível que nos adaptaremos a taxas mais altas de gordura, sal e açúcar na comida e no sangue, mas isso pode durar milênios até que isso aconteça.
Mas as alterações no ambiente foram drásticas demais, não impactam só a vida humana, mas todo o funcionamento do planeta. Essas alterações costumam ter um preço que é a eliminação de espécies. Franklin Rumanjeck, da UFRJ diz: “Vivemos uma crença de que somos o ápice da evolução, o que é a maior mentira. Darwin mostrou que somos mais uma espécie, não necessariamente especial. Se olharmos a escala do tempo no planeta, os humanos acabaram de chegar. Talvez sejamos só mais uma das espécies que não deram certo.” Outros especialistas concordam que não podemos abusar dessas alterações, de outro modo estaremos determinando nossa própria extinção. Outro acontecimento possível seria o surgimento de uma nova espécie humana; a especiação seria um uma conseqüência previsível para populações que crescem demais, como somos 6 bilhões, isso pode ocorrer.
Para mim, essas observações não soam absurdas. Como poderíamos ser uma espécie considerada “que deu certo” tendo na história: a exploração e os subsídios dos países desenvolvidos em relação aos demais países, a escravidão negra, o holocausto de milhões de judeus, o modelo capitalista como o que mais se adaptou às nossas características individualistas, as incontáveis guerras, a intolerância religiosa, os sistemas de castas, a fome africana, entre tantos outros episódios que deveriam nos envergonhar?