sábado, 16 de junho de 2007

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O poder do agora

Abelardo Barbosa, o Chacrinha, disse que não veio para explicar, mas sim para confundir. Não é esse meu objetivo, embora essa impressão possa irromper após a compararação do título do último texto: “O valor do amanhã”, com o deste: “O poder do agora”. Acho que, na verdade, profundamente, eles se complementam. Enquanto o primeiro trata da perspectiva material, o segundo trata da perspectiva espiritual. Os trechos abaixo foram extraídos do livro escrito por Eckhart Tolle de título idêntico ao desta seção.

A MENTE NÃO É O INDIVÍDUO
Nós NÃO somos nossa mente, somos muito mais que isso, apesar dela estar sempre tentando nos dominar. A maioria dos pensamentos são inúteis, repetitivos e de natureza negativa; acabamos reféns desses pensamentos. Vivemos em uma cultura dominada pela mente, por isso a maior parte da arte moderna, arquitetura, música, literatura é desprovida de beleza, de essência interior. As pessoas que criam isso não conseguem se libertar de suas mentes, não estão em contato com aquele lugar interior onde se origina a verdadeira criatividade e beleza. Pensamentos, emoções, medos e desejos podem até estar presentes, mas não devem nos dominar.

TER – APARÊNCIA
Enquanto houver a identificação com a mente, o sentido do eu interior é dado pelas coisas externas. Extraímos o sentido de quem somos de coisas que não tem nada a ver com o que realmente somos, como o papel na sociedade, as nossas propriedades, a aparência externa, os sucessos, os fracassos, o sistema de crença. Esse eu interior falso, esse ego construído pela mente, sente-se vulnerável, inseguro, está sempre em busca de coisas novas com as quais se identificar para obter a sensação de que ele existe. Mas nada é suficiente para dar uma satisfação duradoura. O medo e a sensação de falta permanecem.

PARAR DE JULGAR - ACEITAR
No momento em que paramos de julgar, no momento em que aceitamos aquilo que é, ficamos livres da mente e abrimos espaço para o amor, para a alegria e para a paz. Em primeiro lugar paramos de nos julgar, depois paramos de julgar o outro. O grande elemento catalisador para mudarmos um relacionamento é a completa aceitação do outro do jeito que ele é, sem querermos julgar ou modificar nada.

CICLOS
Existem ciclos de sucesso e ciclos de fracasso. Não devemos oferecer resistência, mas sim acompanhar o fluxo da vida e, dessa forma, impedir o sofrimento. É a mente que julga o ciclo descendente como ruim. Até doenças podem ser provocadas pela luta contra os ciclos de baixa energia. Se o crescimento nunca tivesse fim, poderia acabar em algo monstruoso e destrutivo. É necessário que as coisas acabem para que coisas novas aconteçam. No mundo das formas todas as pessoas fracassam mais cedo ou mais tarde, e toda conquista acaba em derrota. Todas a formas são impermanentes. As formas não são nossas vidas, pertencem à nossa situação de vida.

ATIVIDADE SEM AÇÃO
Um dos princípios do Taoísmo é a “atividade sem ação”, o que é diferente de inatividade. O verdadeiro “fazer nada” implica uma não resistência interior e um intenso estado de alerta. Caso haja necessidade de ação você responderá com sua presença consciente. A resistência é a fraqueza e o medo disfarçados de força.

AGORA X FUTURO E PRESENTE
A tese do livro é que o AGORA é a chave para a dimensão espiritual, a essência do zen. O passado nos dá uma identidade e o futuro contém uma promessa de salvação e realização. A mente condicionada como é pelo passado, sempre busca recriar o que conhece e o que está familiarizada; mesmo que seja doloroso, ao menos é familiar. Imaginar um futuro melhor nos traz esperança e uma antecipação do prazer, imaginá-lo pior traz ansiedade, os dois são ilusões. Então não adiantaria pré-ocupar-se, ocupar-se de algo antes do tempo, preocupar-se; o que adianta é dedicar nossa inteira atenção para o que quer que o momento apresente. Não deveríamos nos preocupar tanto com o resultado da ação, desde que déssemos atenção à ação em si, dessa forma o resultado surgiria espontaneamente. Um desapego do resultado da ação. Concentrando-nos no Agora estaríamos no caminho para a iluminação espiritual, da conquista da radiante alegria do Ser e da paz inabalável, sentiríamos em unidade com o SER, algo imensurável e indestrutivo. Cessaria o sofrimento, valorizaríamos mais o silêncio e o espaço vazio.

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Sobre aceitarmos as pessoas como elas são, foi assim que mudei minha vida e de muitas pessoas que estavam ao meu lado. Para mudarmos algo temos que mudar a nós mesmo primeiro, pois o resto tudo se transforma depois e fica tudo mais fácil e feliz. VC até para pra pensar : Nossa como essa pessoa mudou e eu brigava tanto com ela pra que isso acontecesse e agora ela muda assim ... mais vc acaba percebendo que quem mudou é vc mesmo e as consequências dessa mudanças são malhavilhosa. Aprendi que , basta aceitarmos a nós mesmo ! Até Mais..... Abraços

14:45  
Anonymous Anônimo disse...

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21:53  

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